quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Tibouchina uma planta do cerrado
pau-papel (Tibouchina papyrus) é uma planta arbustiva endêmica do cerrado, caracterizada pela textura de seu tronco, escamado em finas lâminas que se assemelham a papel de seda.
Por sua aparência peculiar, essa espécie da família Melastomataceae apresenta grande potencial de utilização ornamental. É considerada por lei a planta símbolo do estado de Goiás.
Sua ocorrência natural é restrita, limitando-se a determinadas regiões do cerrado.
Descrição
A característica mais chamativa do pau-papel é seu caule rosado cujo ritidoma esfolia-se em membranas papiráceas brancas, o que explica seu nome.
Podendo atingir 2 a 3 metros de altura, a arvoreta apresenta floração abundante na estação chuvosa. Na estação seca, contudo, desfolia-se totalmente, permanecendo desprovida de copa até o fim da estação.
O pau-papel é uma espécie xenógama facultativa, com maior formação de frutos por polinização cruzada que por autopolinização. A frutificação inicia-se com a queda na precipitação pluviométrica do final da estação chuvosa e estende-se por toda a estação seca.
Distribuição
O pau-papel é uma espécie cuja distribuição é muito restrita, só podendo ser encontrada em alguns campos rupestres do cerrado. Ela é endêmica na Serra Dourada e na Serra dos Pireneus, ambas em Goiás, e também no município tocantinense de Natividade.
Ecologia
A floração do pau-papel é assincrônica, ou seja, nem todos os indivíduos apresentam floração ao mesmo tempo. Isto leva os insetos polinizadores a movimentarem-se entre os vários indivíduos, favorecendo a polinização cruzada, o que incrementa o fluxo gênico. Os polinizadores mais freqüentes são abelhas das famílias Apidae, Anthrophoridae e Megachilidae, que também promovem a autopolinização porém em menor proporção.
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