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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Jatobá uma planta do cerrado


O jatobá (Hymenaea courbaril L. var. stilbocarpa (Hayne) Lee et Lang.; Fabaceae - Caesalpinioideae) ou jataí é uma árvore originalmente encontrada na Amazônia e Mata Atlântica brasileiras, onde ocorre naturalmente desde o Piauí até o Norte do Paraná, na floresta latifoliada semidecidual. No cerrado ocorre a espécie H. stigonocarpa, também conhecida como jatobá.
Características
Com altura entre 15 e 30 m (até 45 metros na Amazônia) e um tronco que pode ultrapassar 1 m de diâmetro, suas folhas têm dois folíolos brilhantes de 6 à 14 cm de comprimento.

Há registros de exemplares, na Amazônia e no Rio de Janeiro, com altura de 40 m e diâmetro maior que 3 m. A árvore de Martius, encontrada por ele na Amazônia, com altura estimada em 30 m e diâmetro de 8 m, e cuja idade calculou entre 2 mil a 4 mil anos, talvez fosse um jatobá.
O fruto é um legume indeiscente, de casca bastante dura. Cada legume costuma ter duas sementes e é preenchido por um pó amarelado de forte cheiro, comestível, com grande concentração de ferro, indicado para anemias crônicas. Doces feitos com esta farinha eram muito comuns até o século XIX.
Usos
A madeira é empregada na construção civil em vigas, caibros, ripas, acabamentos internos (marcos de portas, tacos e tábuas para assoalhos), na confecção de artigos para esportes, cabos de ferramentas, peças torneadas, esquadrias, jóias, objetos de arte e peças decoração, bem como móveis de alto luxo. Conhecida como Brazilian-cherry, a madeira do Jatobá consta junto com O Ypê (Brazilian-walnut) e o Mogno (Mahogany) no grupo das 10 mais valiosas e negociadas madeiras do mundo.
A polpa do legume é comestível e muito nutritiva. É usada como alimento também pela fauna. A disperão das sementes - de duas a quatro em cada legume - se dá em grande parte por morcegos.

Entre seringueiros e moradores de regiões próximas das florestas onde se encontram, é comum utilizarem a casca da árvore para fazer um chá, também chamado de vinho do jatobá. Acreditam que este chá é um poderoso estimulante e fortificante. Por volta do início dos anos 2000, para evitar a retirada da casca, a UFAC (Universidade Federal do Acre) desenvolveu um método de extração do vinho do jatobá através de uma mangueira. Os mercados americanos e europeus são grande mercado para os extratos de Jatobá.

Em épocas diferentes, desde 1930, foi indicada a comercializada para fins medicinais. A partir do final do século XX passou a ser estudada por etnobotânicos americanos, e é consumida nos EUA com os mesmos fins tradicionais. Como planta medicinal, diferentes partes são usadas por indígenas do Brasil, Guianas e Peru contra diarréia, tosse, bronquite, problemas de estômago e fungos nos pés. Estudos recentes indicam que Jatobás antigos podem produzir substancias com eficácia no combate a alguns tipos de câncer.

Tem sido usada na recomposição de matas degradadas, e com este fim suas sementes são comercializadas pelas Redes de Sementes oficiais de seus biomas de origem.


Fruta mística
O Jatobá é um fruto muito conhecida dos índios da América Latina por ser uma das frutas místicas. Por assim ser, os índios pesquisavam seus efeitos antes de consumí-lo. Este fruto trazia equilíbrio de anseios, desejos, sentimentos e pensamentos em uma orgia espiritual. Os índios costumavam em tempos remotos comer um ou dois pedaços de jatobá e logo após fazer rodas de meditação. Eles cultuavam a fruta e hoje a árvore (jatobeira ou Jatobazeiro) é considerada um patrimônio sagrado no Brasil.

Ao longo do tempo, as pessoas foram se perguntado se a polpa do fruto fazia mesmo efeito sobre a saúde mental e sentimental. Com isso, muitos cientistas passaram a estudar seus efeitos. Estes concluíram que o jatobá, traz alguns benefícios importantes como a organização mental e a purificação dos sentimentos, o que de fato equilíbra o conjuto dentro da pessoa. Já o quanto tempo a pessoa precisa se alimentar disso para se sentir bem ainda é contestável. Também foi descoberto que o exagero no consumo diário pode gerar efeito contrário deixando a pessoa atordoada e organismo desregulado por ser uma fruta muito forte.

O Jatoba produz uma resina laranja, que pode ser transformada em âmbar através de um processo químico, que levaria milhões de anos na natureza. Ambar com milhões de anos de Jatobás provaram ser esta uma árvore pré hitórica, com insetos e plantas a muito extintas em seu âmbar.

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