segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Tapiti um animal do cerrado desconhecido
O tapiti (Sylvilagus brasiliensis), ou coelho-brasileiro, coelho-do-mato e candimba, é um mamífero lagomorfo, noturno, da família Leporidae, encontrado do México à Argentina.
Tal espécie mede entre 21 e 40 cm de comprimento, pesando até 1,25kg, É bem menor que a lebre européia (Lepus europaeus), com orelhas pequenas, estreitas e cauda muito reduzida. Tem coloração pardo-amarelado, mais escura no dorso e ventralmente mais clara.
Freqüenta as bordas de florestas densas, podendo ainda ser encontrados em banhados e margens de rios. É um animal de hábitos noturnos e durante o dia esconde-se em buracos ou tocas que ele mesmo cava, tendo uma área de ação reduzida. Alimenta-se de cascas, brotos e talos de muitos vegetais. O período de gestação é de aproximadamente 30 dias, podendo ocorrer duas ninhadas anuais, com dois a sete filhotes que nascem com os olhos bem fechados, sem pêlos e dependentes.
Apesar de tratar-se de uma espécie de ocorrência freqüente há pouco anos, atualmente tornou-se escassa e somente observada em áreas protegidas, onde ainda existem florestas. Faltam estudos sobre os impactos da competição entre a lebre européia e o tapiti, por espaço e alimento, abrigo e área de reprodução. A primeira, no entanto, é uma espécie naturalmente adaptada a áreas abertas, seus filhotes são nidífugos e tem áreas de ação maior que os tapitis. Em muitos aspectos, estas diferenças podem assumir significados vantajosos para a espécie exótica, com grande capacidade de adaptação, somadas ao fato de encontrar ambiente propício, com o desaparecimento das florestas, para dar lugar a campos de cultura e aumento de disponibilidade de alimento.
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